Confira a coluna Carlos Sperança
22 bolas em jogo
Há sinais de que as políticas de intolerância com a devastação produzem esparsos, mas significativos sinais, a julgar pela informação de que o desmatamento teve 14 meses seguidos de redução, prestada pelo Sistema de Alerta de Desmatamento, órgão do Imazon. Certa bolha entenderá que foram 14 meses sem desmatamento, o que é falso. Outra, que reprimir o crime de devastar é negar a "liberdade". A rigor, houve apenas a redução do grau de desmatamento nesse período, apurada mês a mês. Não tem nada a ver nem com a proteção total da floresta, meta ainda muito longe de ser atingida, nem com restrições a liberdades, até porque não existe liberdade de destruir impunemente.
A realidade que paira por sobre todas as bolhas, facções e melindres é ainda de ampla destruição e liberdades excessivas ao crime organizado. Harry Potter tinha o quadribol, um jogo disputado com quatro bolas. O esporte das quadrilhas na Amazônia tem 22 bolas em jogo, número das facções já identificadas que agem na região.
Estarrecidos, os cientistas que pesquisam a floresta a fundo revelam que as cidades ao redor, por precariedade no saneamento, favorecem o desastre ambiental que se expressa na disseminação de plástico pelas franjas da floresta. Microplásticos antes já encontrados em peixes e plantas aquáticas foram agora vistos até em ninhos de pássaros. Não há como relaxar diante disso.
Eleições 2024
Com uma eleição previsivelmente acirrada e aonde se prevê um pleito em dois turnos, o pau começa a cantar com as convenções partidárias que vão homologar as candidaturas. Até agora tivemos poucas rasteiras, pesquisas fajutas -conhecidas como missas encomendadas - e ainda não se vê traições de vulto. Tem político graúdo afiando a espada da traição, mas esperam o desenrolar da campanha para se pronunciar. Outro aspecto interessante é quando um candidato a prefeito não decola, logo seus apoiadores viram a casaca, sem só e piedade do pobre diabo.
As projeções
Descontadas as pesquisas manipuladas, tão presentes nas eleições em Porto Velho, as projeções iniciais indicam o encaminhamento de eleição em dois turnos, com a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil) ponteando no primeiro turno e com grande possibilidade de enfrentar um segundo turno difícil, com o seu principal oponente, o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos). Outras duas forças, caso da emedebista Mana Euma Tourinho, do pedetista Célio Lopes encabeçando a coalizão Rondônia Democrática, onde também está presente o PT e a Federação Brasil Esperança já estão de asas crescidas em busca de uma vaga no provável segundo turno.
Baita renovação
No tocante a eleição da Câmara de Vereadores de Porto Velho, quando são oferecidas 24 cadeiras, a perspectiva é de uma baita renovação. Os candidatos a vereança nas ruas estão alertando que os edis atuais transformaram os cargos em balcão de negócios, indicando parentes a cargos comissionados, foram omissos na fiscalização do Executivo ao ponto de aprovarem projetos emanados do executivo sem ao menos a leitura das matérias votadas, enfim num comportamento de avestruzes aos problemas da capital e de vacas de presépio na votação dos projetos. O desgaste é enorme, se for pelo critério de merecimento um ou dois apenas merecem a reeleição, O restante não vale o que os gatos enterram.
Mais experiência
Na disputa pelos cargos a vereança na capital, temos nomes que já militaram no legislativo municipal e vários ex-deputados estaduais do porte de Hermínio Coelho Eyder Brasil, Claudio Carvalho, Jesuíno Borabaid, Fatinha (que foi uma grande vereadora), e lideranças emergentes como o xcrife Breno Mendes, Sofia Andrade, Mirim Luís Brito, além de uma penca de ex-secretários municipais bem avaliados na gestão do atual prefeito Hildon Chaves. Temos também inúmeros parentes -filhos, esposas, e sobrinhos) de expoentes políticos disputando os cargos, casos de Expedito Junior, Alan Queiroz, Jean de Oliveira, Mauro Nazif e Carlinhos Camurça.
É pé frio mesmo!
O ex-governador Ivo Cassol, consagrado como um novo Teixeirão por duas grandes gestões no governo estadual é conhecido como um baita pé frio para seus candidatos a prefeito em Porto Velho como foi com Everton Leoni, com Garçom, Mário Português e outros apoiados por ele na capital. Nesta temporada, o candidato de Ivo, lançado com pompa e circunstância para conquistar o Paço Municipal, o jovem Valdir Vargas já protagonizou vexame ao desistir da candidatura. É coisa de louco, Ivo só funciona mesmo para candidatura dele próprio e neste caso ele tem sido invencível.
Via Direta
*** O presidente do Conselho Federal de Medicina, Hiran Gallo, recomenda ao eleitorado da capital nas eleições de outubro para votar nos candidatos a prefeito comprometidos com melhoras nos indicativos de abastecimento de água, coleta de esgoto e a saúde pública *** E ele tem toda razão. Nos últimos dez anos Porto Velho tem apresentado níveis vergonhosos de saneamento básico refletindo negativamente na saúde pública tão arruinada e também no recorde de ocorrências hospitalares no Pronto Socorro João Paulo II *** A campanha de Hiran Gallo pela saúde é elogiável e merece todo apoio da população ***Porto Velho chegou ao fundo do poço em termos de saúde pública.
Comentarios