Na manhã desta terça-feira (16/03), a Polícia Federal deflagrou a Operação Investor, cumprindo mandados nos Estados de Rondônia, São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, visando desarticular um grupo criminoso voltado para a prática de crimes ambientais, relacionados à exploração ilegal de diamantes na Terra Indígena Sete de Setembro e Reserva Roosevelt, localizadas nos municípios de Cacoal e Espigão do Oeste.
Neste momento cerca de 35 policiais federais estão cumprindo 07 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Federal de Vilhena/RO, nas cidades de Espigão do Oeste/RO, Cerejeiras/RO, Clementina/SP, Montenegro/RS e Domingos Martins/ES.
De acordo com informações da Polícia Federal investigações começaram após a informação de que uma pessoa estaria procurando investidores na internet para atuação e exploração de diamantes em garimpo em terras indígenas no estado de Rondônia. A pessoa foi identificada como sendo um garimpeiro morador do município de Espigão do Oeste/RO.
Durante as investigações, a Polícia Federal conseguiu identificar os investidores do garimpo, além de intermediadores, garimpeiros e indígenas envolvidos com a atividade ilegal.
Os investidores, residentes em outros Estados, enviaram aos garimpeiros altas quantias em dinheiro, a fim de financiar a atividade ilícita. Além de comercializar diamantes extraídos com pessoas residentes em outros países.
Os levantamentos ajudaram na identificação de como funcionava o esquema criminoso. A divisão dos lucros da venda de diamantes, em que 20% pertence ao indígena, 20% pertence aos garimpeiros, 20% são referentes aos custos do maquinário e 40% pertence ao investidor.
Segundo a Polícia Federal os investigados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes previstos no Art. 55 da Lei 9.605/98 e Art. 2º da Lei 8.176/91, além de outros crimes que porventura possam surgir no decorrer das investigações.
O nome da operação é alusão aos investidores do garimpo, principais responsáveis pelo ilícito e dano ambiental causado às terras indígenas.
Fonte: Diário da Amazônia
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