Já faz sete meses que os servidores das Escolas Família Agrícola (EFA) de Rondônia estão sem pagamento salarial, por causa da suspensão dos repasses financeiros do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Entre esses servidores está uma professora da EFA de Novo Horizonte do Oeste, que para não passar fome, está contando com doações de familiares e amigos. A informação partiu da irmã dela que prefere não se identificar.
“Minha irmã está vivendo uma situação que nunca passou na vida. Ela me liga chorando todos os dias, está entrando em depressão. Pelo amor de Deus, esses servidores precisam de ajuda”, suplicou.
Diariamente a deputada federal Jaqueline Cassol (PP-RO) recebe relatos como dessa professora e mais uma vez, cobrou do Governo do Estado de Rondônia, a regularização dos repasses para as Escolas Agrícolas. Desde dezembro de 2020 esse repasse não tem sido feito.
“Todos os dias eu recebo pedidos desses servidores para interceder por eles, muitos estão passando necessidades e dependendo de familiares até mesmo para comer, isso é inadmissível. Eles querem receber o que é de direito, o pagamento salarial”, disse a deputada indignada.
Durante a solenidade de entrega dos ônibus escolares destinados pela deputada para várias cidades de Rondônia, ela aproveitou para novamente cobrar uma solução por parte do Governo do Estado.
“Eu não posso perder a oportunidade de pedir, governador, a regularização do repasse do Fundeb para as Escolas Família Agrícola. Os servidores estão há sete meses sem receber e nós sabemos o quanto eles e os familiares estão sofrendo”, destacou a deputada.
As Escolas Família Agrícola, são instituições comunitárias, sem fins lucrativos e conveniadas com o poder público, conforme o número de matrículas na educação do campo, oferecidas em instituições reconhecidas como centros familiares. Em Rondônia há seis escolas, localizadas em Cacoal, Vale do Paraíso, Jaru, Novo Horizonte, Ji-Paraná e São Francisco do Guaporé.
Os repasses foram suspensos em dezembro de 2020 quando a nova legislação federal foi aprovada e até então o estado não autorizou o retorno.
“Entendo que nós precisamos de ônibus novos, no entanto, precisamos principalmente das escolas abertas, funcionando. Sem esse repasse elas correm o risco de fechar”, alertou a deputada.
Assessoria
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