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Foto do escritorGuaporé News

Sesau guarda 50 respiradores sem uso em plena pandemia



Já foram entregues nesta semana os 55 leitos reformados e instalados pela Grupo Pensar Rondônia, composto por empresários com o objetivo de promover ações de desenvolvimento regional. Todo o custo foi bancado por empresas, principalmente do grupo Rovema, visando agilizar a operacionalização de mais leitos para atender pacientes de Covid-19.


Inicialmente seriam 33 leitos, mas conseguiram fazer boa gestão dos recursos e ampliou as unidades. O investimento dos empresários para ajudar o estado é para salvar vidas e salvar a economia que está abalado com o isolamento social.


Os leitos reformados são do Centro de Reabilitação, uma extensão hospitalar localizada na Zona Leste da capital. Apesar de tudo pronto e patrocinado por empresas, o governo ainda não conseguiu colocar em atividade por que falta os ventilares mecânicos, essenciais em UTIs.


Uma informação que deixou os empresários contrariados é que Sesau (Secretaria de Estado da Saúde) possui 50 desses aparelhos guardados no almoxarifado. Apesar de novos, os aparelhos não estão sendo utilizados por questões burocráticas. Muitas pessoas que perderam a vida poderiam ter sido salvas com a operacionalização desses equipamentos que estão guardados.


Os aparelhos foram adquiridos em 2017 para o hospital regional de Guajará-Mirim. Como a unidade hospitalar não ficou pronta, os equipamentos novos permanecem parados, sem uso, por conta da burocracia administrativa. A utilização durante a pandemia poderia ser resolvida já que o decreto de calamidade pública flexibiliza a gestão administrativa para agilizar as ações.


Segundo servidores da Sesau, o governo estadual contratou recentemente mais 11 médicos, 15 enfermeiros, 30 técnicos de enfermagem, fez aquisição de oxigênio, e demais custos, e essa estrutura não consegue salvar vidas por falta de UTIs. “Parece que a pandemia só existe para a sociedade. O governo continua inerte e as pessoas morrendo”, desabafou um empresário.


Os empresários teriam reunião com o governo estadual na manhã de ontem (10), para tratar do assunto, mas devido a operação a Polícia Federal na Sesau, a reunião foi suspensa.


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